Intimidade entre iguais desafia a Igreja Evangélica no Brasil.
“9 ¶ Não sabeis que os injustos não hão de herdar o
reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os
adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, 10 nem os ladrões, nem
os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o
reino de Deus. 11 E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas
haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus,
e pelo Espírito do nosso Deus.” (Apóstolo Paulo em 1Co 6:9-11)
[Hélio de M. Silva adicionou a ênfase e usou a ACF]
Quem vê as recentes conquistas do movimento gay (palavra inglesa que significa
alegre, como adjetivo, e homossexual, como substantivo) na mídia e na sociedade
nem imagina que até a década de 1950 não havia nenhum movimento organizado por
homossexuais em prol de seus "direitos". Em apenas 50 anos, os
homossexuais saíram do aparente anonimato para o status de defensores dos
direitos humanos. O fenômeno, ao contrário de muitos outros movimentos sociais,
não foi espontâneo. O plano foi cuidadosamente engendrado e paulatinamente
executado, visando à homossexualização da sociedade, objetivo bem expresso na
frase "o mundo é gay", cunhada pelos próprios militantes. E para
neutralizar a oposição da Igreja, intelectuais e teólogos envolvidos na
militância lançaram as bases do que hoje se chama "Teologia Cristã
Gay". Preocupado com a influência dessa Teologia, o ICP convidou o
Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES) para refletir e produzir a matéria que
ora chega até você. Boa leitura!
Contradições Teológicas
Para validar seu comportamento, os militantes homossexuais recorrem a todo tipo
de argumentação. À primeira vista, as pessoas menos informadas podem achar que
as declarações dos ícones do movimento gay fazem sentido e se baseiam em fatos
incontestáveis. Puro engano. Na verdade, esses argumentos não resistem a uma
análise mais acurada e desprovida das motivações que estão por trás da maioria
das afirmações dos mentores do movimento gay, incluindo sua teologia.
Luiz Mott, doutor em Antropologia e presidente do "Grupo Gay da
Bahia", considerado o maior mentor intelectual do movimento gay no Brasil,
utiliza argumentos teológica, histórica e cientificamente inconsistentes. Esses
argumentos são, na verdade, importados dos Estados Unidos e da Europa, onde
nasceu e se desenvolveu a chamada "Teologia Gay". Portanto, vamos nos
ater a seus argumentos, tendo em vista que, analisando a Teologia de Mott,
estaremos focando os principais postulados da "Teologia Gay" mundial.
Por exemplo, em artigo publicado na revista SuiGeneris (periódico gay), Mott
lança o seguinte desafio: "Jesus era gay?" Absurda em si mesma, a
pergunta norteia toda a tendenciosidade do artigo. E como todas as seitas
costumam fazer, Mott ataca diretamente a pessoa, o caráter e a missão de Jesus,
esvaziando os conteúdos da fé cristã para tentar demonstrar que Jesus era gay.
Mott começa seu ataque levantando dúvidas quanto à existência histórica de
Jesus de Nazaré. Causa estranheza que um doutor em Antropologia, supostamente
familiarizado com a História, alegue a inexistência da maior personalidade de
todos os tempos. Até mesmo os inimigos de Jesus deram testemunho dele. Isso
para não falar que a própria História foi dividida entre antes e depois de
Cristo. Se a existência de Jesus foi uma fraude, César, Nero, Napoleão e Hitler
são meras projeções da mente humana, pois a mesma História registra a
existência e os atos de cada um.
Entre os testemunhos históricos extrabíblicos acerca de Jesus estão os de
Flávio Josefo (historiador judeu 37-95 d.C.), do Talmude (coleção de doutrinas
e comentários rabínicos acerca da Lei, elaborada a partir do primeiro século da
Era Cristã), os Anais de Cornélio Tácito (historiador romano, morto em 120
d.C.), Caio Suetônio Tranqüilo (escritor e senador romano que viveu entre
69-141 d.C.), Plínio, o Moço (governador romano entre 62-113 d.C.), Adriano
(imperador de Roma entre 117-138 d.C.), Luciano de Samosata (poeta grego do
começo do segundo século), Júlio Africano (cronologista, comentando os escritos
de um historiador samaritano chamado Talo, datados do ano 52 d.C.), Mar
Bar-Serápio (prisioneiro sírio escrevendo uma carta a seu filho por volta do
ano 73 d.C.). Corroborando os registros anteriores, Joseph Klausner,
ex-professor de Literatura Judaica em Jerusalém, afirma em seu livro Jesus of
Nazareth: "Se apenas possuíssemos estes testemunhos, saberíamos
efetivamente que na Judéia viveu um judeu chamado Jesus, a quem chamaram o
Messias, o qual fez milagres e ensinou o povo; que foi morto, por ordem de
Pôncio Pilatos, por denúncia dos judeus..." Portanto, Luiz Mott
precipita-se quando afirma que "a fé é sempre um passo no escuro". Os
cristãos, além do resplendor da infalível e inerrante Palavra de Deus, possuem
as luzes da História. É como disse Jesus: "Eu sou a luz do mundo; quem me
segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida" (João
8.12).
Além das contradições no campo da História, Mott não perde a oportunidade de
pecar contra a verdade bíblica no campo da Teologia. Em seu panfleto "O
que todo cristão deve saber sobre homossexualidade", o "Grupo Gay da
Bahia", instituição presidida por Luiz Mott, apresenta dez motivos por que
a Bíblia supostamente não reprova o homossexualismo. Seu primeiro equívoco foi
dizer que "a palavra homossexual só foi inventada em 1869... Portanto, como
a Bíblia foi escrita entre dois e quatro mil anos atrás, não poderiam os
escritores sagrados ter usado uma palavra inventada só no século passado".
Isso demonstra total falta de compreensão sobre o que significam terminologia e
conceito. A palavra homossexual, ou homossexualismo, é termo recente, mas o
conceito é antigo. É o próprio Mott quem diz que "a prática do amor entre
pessoas do mesmo sexo, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia".
Portanto, a Bíblia fala sobre a prática homossexual mesmo sem utilizar a
terminologia moderna, uma vez que o homossexualismo sempre foi contemporâneo
dos escritores bíblicos.
Mott vai além da guerra de palavras e ataca o [livro de] Levíticos afirmando
que "do imenso número de leis do Pentateuco apenas duas vezes há
referência ao homossexualismo (...) que inúmeras outras abominações de
Levíticos – como comer carne de porco ou o tabu em relação ao esperma ou ao
sangue menstrual (...) foram completamente abandonadas". O que o
antropólogo ignora é que se há duas referências ao homossexualismo no
Pentateuco (Lv 18.22; 20.13), e ambas são proibitivas e punitivas, já se vê que
Deus reprova a prática do homossexualismo sem necessidade de qualquer outro
argumento. Além deste erro grosseiro, confundir preceito moral com cerimonial –
ou seja, rituais – é um equívoco imperdoável mesmo para um iniciante em
hermenêutica. Cerimônias foram removidas mediante o sacrifício de Cristo na
cruz (Col. 2:14-17) Moralidade, não.
Copiando na íntegra o desgastado argumento da homossexualidade entre Davi e
Jônatas, Mott pergunta retoricamente: "Se o homossexualismo fosse prática
tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente
entre o rei Davi e Jônatas?" Indiscutível sobre que bases? Na verdade, quando
Davi disse que o amor que sentia por Jônatas ultrapassava o de mulheres [HMS vê
fala da amizade de Jônatas por Davi, não deste por aquele], ficou claro que
este amor não tinha qualquer conotação erótica. Vale destacar o comentário
exegético do rabino Henry I. Sobel à revista Ultimato, de setembro/outubro de
1998: "... a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido
conjugal/sexual, mas também no sentido paternal ('Isaque gostava de Esaú', Gn
25.28), no sentido de amizade ('Saul afeiçoou-se a Davi', em 1 Sm 16.21), no
sentido de amor a Deus ('Amarás o Senhor, teu Deus', em Dt 6.5) e no sentido de
amor ao próximo ('Amarás o próximo como a ti mesmo', Lv 19.18). Em todos estes
exemplos, o verbo usado na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão lingüística
– e não por falso pudor – que a maioria das traduções bíblicas cita 2 Samuel
1.26 assim: 'Tua amizade me era mais preciosa que o amor das
mulheres'." Amor das mulheres era algo que Davi conhecia muito bem.
Sua poligamia com Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Agita, Abital, Eglá e seu
adultério com Bate-Seba mostram que a maior dificuldade de Davi era a atração
pelo sexo oposto (1 Sm 18.27; 25.42-43; 2 Sm 3.2-5; 11.1-27).
Os "intelectuais" da militância gay teimam em ignorar os fatos. Além
do problema com a História e a Teologia, revelam total desconhecimento da
geografia da Terra Santa. Argumentando sobre o texto de Eclesiastes 4.11
("Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se
aquentará?"), tentam demonstrar que num clima quente como o da Judéia
dormir juntos só pode ter conotação erótica. Ignoram, porém, que em Israel
também neva. Exemplo disso é o rigoroso inverno que em janeiro deste ano
atingiu a Terra Santa, espalhando neve por toda parte. Além de acusarem Davi de
homossexualidade, os militantes sugerem que Salomão – mulherengo como era! –
teria escrito a favor do homossexualismo, o que não encontra respaldo
hermenêutico no contexto do versículo que, na verdade, fala de cooperação
mútua.
Falando sobre Sodoma e Gomorra, a militância gay afirma que quando os homens
daquelas cidades pediram a Ló para conhecer os visitantes (os dois anjos com
aparência humana) eles não pretendiam manter relações sexuais com eles:
"...maliciosamente se interpretou o verbo 'conhecer' como sinônimo de 'ato
sexual'." É verdade, porém, que o verbo que aparece neste contexto é o
hebraico yada, que tem vários significados e, segundo, especialistas, aparece
mais de 900 vezes no Antigo Testamento, por exemplo: Saber – Gn 15.8; dar-se
conta – Gn 3.9; reconhecer – Gn 12.11; conhecer pessoas – Gn 29.5; ser esperto
em algo – 1 Rs 9.27; ter relações sexuais – Gn 4.1; 19.5; 19.8; Jz 19.22. Na
história de Sodoma e Gomorra, esse verbo tem conotação sexual (Gn 19.5 – a
ameaça dos homens o demonstra claramente), pois a resposta de Ló oferecendo
suas duas filhas virgens só tem conotação sexual. Mas eles não queriam as
mulheres. Seu desejo era homossexual. Uma das melhores traduções da Bíblia foi
feita pelo judeu André Chouraqui [HMS discorda] e chama-se A Bíblia – No
Princípio . A tradução literal em sua Bíblia é: "Faze-os sair até nós,
vamos penetrá-los" (Gn 19.5). E: "Tenho duas filhas que homem algum
jamais penetrou "(Gn 19.8). Isso está em completa harmonia com o ensino do
Novo Testamento em Judas 7, que confirma que a intenção dos homens de Sodoma
era realmente de violação homossexual, assim como o demonstram 2 Pedro 2.7-10 e
1 Timóteo 1.8-10 que lista diversas violações da lei colocando os sodomitas
lado a lado com os parricidas, matricidas e roubadores de homens.
"Não há evidência histórica ou arqueológica confirmando a real existência
de Sodoma e Gomorra", dizem os militantes. Por que, então, eles perdem
tanto tempo com toda a argumentação discutida até aqui? Entretanto, erram por
não levar em consideração os últimos achados arqueológicos. Bryan Wood, diretor
da Associates for Biblical Research (Associados para a Pesquisa Bíblica),
afirma: "Quando empregamos as informações disponíveis das escavações e o
emparelhamento geográfico destas cidades, podemos identificar Bab edh-Dhra como
Sodoma, Numeria como Gomorra, es-Safi como Zoar, Feifa como Admá e Khanazir
como Zeboim. Ele acredita que a evidência é imperiosa e por isso conclui:
'Estas cidades da Era do Bronze Antigo, descobertas no país da Jordânia logo ao
sudeste do Mar Morto, formam uma linha norte-sul ao longo da bacia sul do Mar
Morto. Elas todas datam do tempo de Abraão e parece que são verdadeiramente as
cinco cidades da planície mencionadas no Antigo Testamento'." (
Stones
cry out, livro a ser lançado pela CPAD sob o título "As pedras
clamam").
Tentando neutralizar os escritos paulinos contra o comportamento homossexual,
os militantes argumentam que as palavras afeminados e sodomitas empregadas em 1
Coríntios 6.9-11 foram mal traduzidas. Entretanto, as palavras gregas malakoi e
arsenokoitai têm significados específicos. Malakoi significa "macio ao
tato". Arsenokoitai é composta de duas outras palavras arsen (macho) e
koitai (cama). Em outras palavras, esse termo se refere aos homens que vão para
a cama com outros homens. Mas homossexualismo não é o único pecado sexual
condenado na passagem em questão. Pornoi (fornicadores) e moichoi (adúlteros)
mostram que não é só o homossexualismo que exclui pessoas do reino de Deus. Em
contrapartida, o texto deixa claro que ninguém precisa permanecer excluído do
reino, pois na igreja que estava em Corinto (cidade extremamente libertina onde
o homossexualismo e a pedofilia eram considerados normais) havia alguns que
deixaram o homossexualismo, bem como os outros pecados.
"Jesus Cristo nunca falou nenhuma palavra contra os homossexuais!",
bradam os militantes. Mais uma tentativa frustrada para perverter a
simplicidade do Evangelho. O fato de Jesus nunca ter mencionado especificamente
o homossexualismo não significa sua aprovação. Ele também não se pronunciou
claramente sobre muitos outros problemas sociais, tais como: seqüestros, abuso
sexual, prostituição infantil, tráfico de drogas. Entretanto, a Palavra
apresenta direta e indiretamente os princípios inegociáveis de Deus para a
moralidade e dignidade humanas. Na verdade, ao se referir ao plano de Deus para
a sexualidade, Jesus reafirmou o ensino vetero-testamentário sobre o casamento
heterossexual e monogâmico (Mt 19.4-6). A única alternativa ao casamento nestes
termos é o celibato voluntário, concessão que Ele abriu ao ensinar que é melhor
ser eunuco pelo Reino de Deus do que se divorciar e casar-se de novo (Mt
19.9-12).
Quanto à alegação de que Jesus era gay porque "conviveu predominantemente
com os apóstolos (todos homens), que ele era muito sensível falando de lírios
do campo, que era amigo de muitas mulheres, que tinha muita sensibilidade com
as crianças ou, ainda, que nutria uma predileção por João", só revela a
falta de bom senso que patologiza as relações mais simples e puras entre um
homem e seus semelhantes.
Certamente, uma compreensão correta da natureza divino-humana de Jesus jamais
permitiria sequer uma suposição destas. O Deus Eterno que se fez homem jamais
nutriria por suas criaturas qualquer tipo de amor que não fosse puramente ágape
(amor de Deus pelos homens). E foi exatamente isso que Jesus demonstrou por
todos. Mas Luís Mott prefere extrair sua cristologia deturpada de conceitos
mitológicos sobre deuses como Zeus e Oxalá, "andróginos e praticantes do homoerotismo"
(atração física entre seres do mesmo sexo) como seus idealizadores. Por isso,
ele não consegue perceber nos relacionamentos de Jesus nada maior do que a
interação entre iguais. Ele perde a oportunidade de ver a beleza do
relacionamento Criador-criatura, Salvador-pecador, Senhor-servo,
Mestre-discípulo e, especialmente, Pai-filho.
É intrigante o fato de que o "Grupo Gay da Bahia", presidido por Luiz
Mott, autor da maioria dos argumentos refutados acima, seja o idealizador da
chamada "Ação Cristã Homossexual". Esse grupo que passa horas de
pesquisa para tentar provar que Jesus é um mito, e que se fosse um personagem
histórico seria homossexual, e que questiona os relatos bíblicos rejeitando sua
interpretação literal pretende convencer-nos de que é ação, instituição ou
movimento cristão. Como é possível tal contradição? É óbvio que o objetivo não
é o de aproximar os homossexuais do Evangelho do Reino de Deus. É, antes, uma
estratégia para impedir que eles cheguem ao pleno conhecimento da verdade. São
como os intérpretes da lei a quem Jesus denunciou, dizendo:
“Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da
ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam.” (Lc 11:52)
[HMS usou a ACF]
Apelação "Científica"
Todavia, a obstinação dos militantes não se confina apenas a deturpar a
História e a lei de Deus, mas também a ciência – do ponto de vista
experimental. É por isso que o Dr. Vern L. Bullough, defensor do movimento
homossexual e da pedofilia, afirma: "A política e a ciência andam de mãos
dadas. No final é o ativismo gay que determina o que os pesquisadores dizem
sobre os gays."1 Porém, ainda que conseguissem provar algum dia que o
homossexualismo é causado por algum fator na natureza, isso não quer dizer que
somos obrigados a aceitá-lo. Sinclair Rogers, que foi homossexual por muitos
anos até entregar sua vida a Jesus Cristo, diz: "Certamente, as pessoas
não escolhem desenvolver sentimentos homossexuais. Mas isso não significa que
quando alguém nasce, já está pré-programado para ser homossexual para sempre.
Não somos robôs biológicos. E não podemos ignorar as influências ambientais e
nossa reação a essas influências (...) A natureza produz muitas condições por
influência biológica, tais como depressão, desordens obsessivas, diabetes...
Mas não consideramos esses problemas 'normais' só porque ocorrem 'naturalmente'
(...) A Biologia pode influenciar, mas não justifica automaticamente a possível
conseqüência de todo comportamento. E também não elimina nossa responsabilidade
pessoal, vontade, consciência ou nossa capacidade de escolher controlarmos ou
ser controlados por nossas fraquezas."2
Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos ou genéticos para a
homossexualidade existem há quase um século. Mas o fato é que, ao longo dos
anos, nenhuma pesquisa jamais provou uma base orgânica para a homossexualidade.
O ativista homossexual Dennis Altman faz uma observação acerca de um estudo do
Instituto Kinsey: "Eles estão impressionados com os consideráveis esforços
de biólogos, endocrinologistas, e fisiologistas em provar esse fundamento; eu
estou mais impressionado com a incapacidade de tantos anos de pesquisa
resultarem em nada além de meras 'sugestões'."3
Os ativistas homossexuais declaram que a homossexualidade é natural. Os grupos
gays e todas as pesquisas modernas que defendem a conduta homossexual se
baseiam direta ou indiretamente no Relatório Kinsey de 1948, o qual afirma que
10% da população são exclusivamente homossexuais. No entanto, dois excelentes
livros escritos pela Dra. Judith Reisman revelam não só a metodologia
fraudulenta de Kinsey, mas também o envolvimento dele com estupradores de
crianças.4 Wardell Pomeroy, co-autor do Relatório Kinsey, conta a reação de
Kinsey à preocupação (que Kinsey chamava de histeria) da sociedade com o grave
problema de adultos que têm relações sexuais com crianças da família:
"Kinsey zombava da idéia... [Kinsey] afirmou, com relação ao abuso sexual
de crianças, que a criança sofre mais danos com a histeria dos adultos [do que
com o próprio estupro]".5 Os grupos de ativistas homossexuais no mundo
inteiro estão trabalhando para abaixar ou abolir as leis de idade de
consentimento sexual a fim de "liberar" as crianças das restrições
sociais. Isso, na verdade, passa a inocentar o criminoso. Infelizmente essa
conspiração resultou, em 1992 na Holanda, na legalização do relacionamento
hetero (entre sexos diferentes) e homossexual de adultos com crianças a partir
dos 12 anos. Nos EUA, a maior responsável por esta luta é a Associação
Norte-Americana de Amor entre Homens e Meninos (NAMBLA).6
Homossexualismo e Candomblé
Apesar de nem todo homossexual ser endemoninhado como diriam ingenuamente
alguns, é óbvio que Satanás está por trás deste comportamento, como de qualquer
outro comportamento pecaminoso e autodestrutivo. Foi Jesus mesmo quem disse que
o diabo veio para matar, roubar e destruir.
Edison Carneiro (irmão do político Nelson Carneiro [HMS lembra que foi dele a
lei que trouxe o divórcio ao Brasil]), afirma, no seu livro Candomblés da Bahia
(p. 140) que o candomblé arrasta muitos homens ao homossexualismo, confirmando
assim o que já havia sido observado por outro estudioso desse assunto, o
sociólogo Roger Bastid. Segundo Edison Carneiro, é difícil esses efeminados não
serem "cavalos de Yansã, orixá que geralmente se manifesta em mulheres
inquietas, de grande vida sexual, que se entregam a todos os homens que
encontram...".7 Os casos de crianças desaparecidas que são estupradas e
sacrificadas em rituais de pais-de-santo parecem ser um problema envolvendo os
cultos afro-brasileiros.
Assim, além de levarem os indivíduos ao homossexualismo, os demônios também os
levam a abusar sexualmente das crianças e até a matá-las. Talvez o pior
assassino em série do mundo seja o homossexual Gilles de Rais, que matou
brutalmente 800 meninos. Cada garoto era atraído à sua casa, onde recebia banho
e comida. Então, quando o pobre menino pensava que era seu dia de sorte, Gilles
o estuprava e queimava, ou o cortava e comia.8 Em seu livro
The Devil's web
(A teia do Diabo), Pat Pulling revela o envolvimento do satanismo com o estupro
e o sacrifício ritual de crianças. Ele cita o caso de Gilles: "Gilles de
Rais era um nobre europeu do século 15 que estava totalmente envolvido na
alquimia e outras ciências ocultas. Ele era também um pervertido sexual e
sadista que matava crianças antes de ser preso, julgado e condenado à morte.
Outras evidências mostram que, no passado, os praticantes de adoração de
demônios realmente sacrificavam criancinhas durante suas cerimônias rituais."9
Causas psicológicas da homossexualidade
Uma vez que as causas não são genéticas, passam a figurar no campo da
Psicologia. O Dr. Gerard van den Aardweg, psicólogo holandês, estabelece as
seguintes causas do desejo homossexual nas pessoas: experiência homossexual na
infância, anormalidade familiar, experiência sexual fora do normal incluindo
sexo grupal ou com animais, e as influências culturais. Corroborando as
afirmações do Dr. Gerard van den Aardweg que homossexualidade não é genética, a
psicanalista e escritora Sheiva Sherman declarou, em 27 de março de 1998, no
programa de TV Madalena Manchete Verdade que "uma coisa tem de ficar
claro: homossexualismo não é genético. Está provado". É bom frisar que as
causas da homossexualidade não são genéticas, porque a maior vitória do
movimento gay na década passada foi mudar a direção do debate. Em vez de se
discutir sobre a conduta, fala-se sobre identidade. Qualquer um que se oponha
ao homossexualismo passou a ser visto como agressor dos direitos civis dos
cidadãos homossexuais. Isso é o que constatam o teólogo John Ankerberg e o
sociólogo John Weldon, autores do livro Os fatos sobre a homossexualidade
(Editora Chamada da Meia-Noite): "Nossa cultura está se tornando tão
tolerante que muitos dão ouvidos a qualquer grupo de autodenominadas
'vítimas'."10
Denunciar a tolerância demasiadamente aética de nossa sociedade para com as
minorias, não significa promover ou praticar a violência contra elas. É muito
importante esclarecer que somos absolutamente avessos a toda demonstração de
violência contra qualquer pessoa, inclusive os homossexuais. Deve provocar a
indignação de qualquer cidadão o que aconteceu recentemente ao adestrador de
cachorros Edson Neris da Silva, homossexual, de 35 anos, que foi cercado por um
grupo de "Carecas" e assassinado a socos e pontapés na praça da
República, na região ABC paulista. Essa é, sem dúvida, uma atitude doentia,
homofóbica (aversão a homossexuais), sem qualquer justificativa. Precisamos ser
equilibrados, repudiando o discurso e a prática gays, mas acolhendo e
conduzindo os homossexuais a Cristo. Mesmo aqueles que são mais recalcitrantes
devem ser objeto da compaixão e amor cristãos.
Uma coisa que precisa ficar muito clara é que toda a argumentação aqui
apresentada visa a combater os falsos ensinos que a militância gay vem
divulgando. Todavia, a maioria dos homossexuais não faz a mínima idéia de
grande parte dos argumentos dos grupos gays nem quer se envolver em sua luta;
deseja apenas viver em paz. A maioria dos homossexuais, homens ou mulheres,
deseja, na verdade, abandonar esse comportamento, mas não sabe como. Por isso,
precisam ser acolhidos, respeitados como pessoas e conduzidos ao conhecimento
de Cristo.
A Igreja e os homossexuais
Joe Dallas, em seu livro A operação do erro, publicado pela Editora Cultura
Cristã, leva-nos a uma interessante reflexão sobre o papel da Igreja para com
os que desejam deixar o homossexualismo: "Entretanto, quando eles são
trazidos para fora da ilusão, quem está esperando por eles? A Igreja está sendo
como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo no meio do caminho e
celebrar o seu retorno? Ou será que o Corpo de Cristo está sendo melhor
representado pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante e frio, que não
quer se envolver? Ao abordar o problema do homossexualismo, talvez essas sejam
as perguntas mais importantes a serem feitas." Infelizmente, porque uma
grande parte da Igreja não está cumprindo seu papel neste sentido, precisamos
ouvir coisas como as que Troy Perry, líder da maior igreja gay cristã do mundo,
disse e que Joe Dallas registra: "Se a Igreja tivesse realmente feito seu
trabalho missionário, não creio que a MCC (Metropolitan Community Church)
jamais tivesse vindo a existir."11
Graças a Deus, a Igreja começa a despertar! A Igreja Presbiteriana Independente
de Londrina, por meio do Ministério Paz com Deus, começou a agir de maneira
planejada para conscientizar pastores e membros da igreja, e ajudar os que se
encontram em dificuldades com sentimentos ou práticas homossexuais. Ela
promoveu o I Encontro Paz com Deus, realizado de 4 a 7 de março, em Londrina,
Paraná. O evento contou com 130 pessoas (participantes e obreiros) e incluiu
muitos pastores. Dentre as muitas bênçãos recebidas e testemunhadas pelos
participantes, destacam-se as confissões que muitos pastores, outrora
intolerantes no que diz respeito aos homossexuais, fizeram aos líderes de
ministérios que atuam entre eles. Depois de uma das mensagens do preletor
oficial Bob Reagan, ligado à Exodus e ao Regeneration Ministry, nos EUA, os
pastores e líderes evangélicos foram convidados ao altar para uma oração de
arrependimento e confissão de pecados como os de omissão ou rejeição de
homossexuais durante seus ministérios. Quase todos foram à frente. Mas os pastores
não foram os únicos a pedir perdão. Os participantes que haviam vivido o
homossexualismo ou ainda estavam envolvidos neste comportamento também pediram
perdão por terem guardado mágoas contra pastores ou igrejas. Muitas lágrimas
foram derramadas por ambos. O pastor presbiteriano Saulo de Melo, 32 anos de
ministério, atuando hoje em Maringá-PR, fez uma das confissões mais comoventes:
"Estou perplexo com tudo o que estou aprendendo sobre homossexualidade
neste congresso. Todos os meus valores foram remexidos. Quando eu descobria que
alguém era homossexual, eu o mandava embora, excluía. Este congresso ajudou-me
a olhar os homossexuais como nunca os havia olhado antes – com o olhar de
Jesus."
Algo semelhante aconteceu a Eleny Vassão de Paula Aitken, 45 anos, autora do
livro O desafio continua: A Missão da Igreja frente à Aids. Ela é chefe da
capelania evangélica do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Instituto de
Infectologia Emílio Ribas. Eleny revela que enfrentou relutância ao evangelizar
um travesti pela primeira vez. Mas, o Espírito Santo mostrou-lhe que a única
diferença entre ela e o travesti era Jesus. No outro dia, Eleny contou ao
travesti a experiência por que passou. Não demorou muito, lágrimas encheram os
seus olhos, e ele orou entregando sua vida a Jesus. Essa experiência mudou a
vida de Eleny, que passou a amar e compreender os homossexuais sob uma nova
perspectiva. Quem conversa com Eleny Vassão sempre ouve histórias comoventes de
homossexuais que têm sido alcançados por Cristo. Por isso, ela pode falar com
autoridade: "A Igreja deve ser o lugar de perdão e acolhida para seus
soldados feridos [HMS teme que isto seja mal interpretado e vire permissividade
contrária à disciplina bíblica e à separação bíblica], e não um tribunal para
julgar os que caíram. Precisamos de mais misericórdia e graça para tratar as
pessoas como o Senhor nos trata. Ele nos constrange pelo amor, mesmo sem perder
de vista a sua justiça."
*(Matéria de capa da revista Defesa da Fé de maio/2000. A revista Defesa da Fé
é uma publicação mensal do Instituto Cristão de Pesquisas, ICP)
Autores:
João Luiz Santolin (Membro da Igreja Presbiteriana da Barra, RJ e Coordenador
do Moses. Formado em Teologia e Pós-Graduado em Terapia de Família pela UCAM,
RJ)
Sergio Viula é membro da Primeira Batista da Penha Circular, RJ.
Colaborou Júlio Severo (Autor do livro O Movimento Homossexual, Ed. Betânia)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Dra. Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud (Hungtington House Publishers:
Lafayette-EUA, 1990) p. 212.
2. Questions I´m asked most about homosexuality, An Interview with Sinclair
Rogers (Choices: Singapura, 1993), p. 4.
3. John Ankerberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora
Chamada da Meia-Noite, 1997) pp. 22-23.
4. Dra. Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud, (Hungtington House Publishers:
Lafayette-EUA, 1990) e Kinsey: crimes & consequences (The Institute for
Media Education, Arlington-1998).
5. Dra. Judith Reisman, Kinsey: crimes & consequences (The Institute for
Media Education, Arlington-1998) p. 234.
6. Julio Severo (O movimento homossexual, Editora Betânia, Venda Nova – MG,
1998) p. 20.
7. Jefferson Magno Costa, Porque Deus condena o espiritismo (CPAD, Rio de
Janeiro, 1987), p. 81.
8. Dr. Paul Cameron, The gay 90s (Adroit Press: Franklin – EUA, 1993), p. 46.
9. Pat Pulling, The Devil's web (Huntington House, Inc.: Lafayeitte – EUA,
1989), p. 148.
10. John Ankerberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora
Chamada da Meia-Noite, Porto Alegre, RS, 1997), p. 8.
11. Joe Dallas, A operação do erro (Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998) p.
237.
n, The gay 90s (Adroit Press: Franklin – EUA, 1993), p. 46.
9. Pat Pulling, The Devil's web (Huntington House, Inc.: Lafayeitte – EUA,
1989), p. 148.
10. John Ankerberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora
Chamada da Meia-Noite, Porto Alegre, RS, 1997), p. 8.
11. Joe Dallas, A operação do erro (Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998) p.
237.
João Luiz Santolin e Sergio Viula
(matéria de capa da revista Defesa da Fé)
Todas as
citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC
(ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são
as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da
Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra
de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o
Textus Receptus).
Fonte: http://solascriptura-tt.org)