O palestrante evangélico Saulo Navarro,
ex-homossexual e vítima de abusos sexuais na infância, concedeu entrevista
sobre o assunto ao blogueiro e ativista Julio Severo, falando sobre seu
testemunho e atividades contra ao que chama de “propaganda gay” imposta pela
mídia aos brasileiros.
“Passei por situações de traumas e abusos na
minha infância e pré-adolescência que me deixaram totalmente inseguro para
desempenhar minha masculinidade. Chamo esta fase de ‘pré-homossexualidade’, ou
seja, houve uma construção que favoreceu minha entrada na prática da
homossexualidade. Durante minha juventude, fiz algumas tentativas frustradas de
namorar garotas. Uma namorada, ao perceber que eu não iniciava alguns
‘contatos’ físicos falou ao meu ouvido que às vezes achava que eu não era
homem. Estas palavras feriram profundamente minha alma. Ocorreu mais tarde, com
esta mesma namorada, uma situação de abuso sexual. Este abuso gerou em mim
pensamentos de incompetência, medo, angústia, frustração. A partir deste
momento decidi nunca mais namorar garotas. Só que não disse que iria ser homossexual.
Porém, tive contato com o meio homossexual através de um amigo que estava nesta
prática há anos. Então, depois de toda esta construção, acabei por me declarar
homossexual. Ainda mais convivendo com amigos(as) que praticavam a
homossexualidade de forma tão aberta”, relatou Navarro.
Para ele, a proibição explícita imposta pelo
Conselho Federal de Psicologia (CFP) aos profissionais do ramo, de atenderem
homossexuais insatisfeitos com o comportamento e/ou a atração por pessoas do
mesmo sexo é uma declaração de apoio à militância gay.
“Conselho Federal de Psicologia se dobrou ao
movimento LGBT. Tenho acompanhado as tomadas de decisões deste Conselho com
relação à censura que os psicólogos sofrem ao demonstrar que podem ajudar a
resignificar a sexualidade de uma pessoa que esteja insatisfeita com a atração
que sente pelo mesmo sexo. Se todas as pessoas que sofrem por sentirem atração
pelo mesmo sexo falassem que não querem estar homossexuais é bem provável que
este Conselho, que trabalha em favor do movimento LGBT, avalie estas limitações
impostas aos profissionais da psicologia. Estas pessoas merecem ter esta ajuda
sem que tenham que perambular pelas vielas das clínicas para achar alguém que
possa atendê-los sem receio e medo de ser punido pelo CFP. Pessoas que deixaram
a prática homossexual fazem parte de uma diversidade que é rejeitada e odiada
pelo movimento gay e agora pelo CFP. É uma tremenda vergonha o que este
Conselho tem feito ao limitar seus profissionais por pura manipulação do
movimento gay. Na verdade quando o CFP age desta forma está demonstrando para a
sociedade que a ferramenta psicologia não serve para algumas áreas da vida de
uma pessoa, está dizendo que não serve para ajudar um indivíduo que está em
sofrimento psíquico e deseja abandonar a homossexualidade. Vou mais além, as
faculdades de psicologia de nosso país estão formando psicólogos totalmente
favoráveis ao movimento LGBT. Esta geração de psicólogos já está aí, nas
clínicas, propagando ideologias como a do movimento gay e de gênero. Ou seja,
vivemos um momento em que a psicologia trabalha em favor da Nova Era”,
lamentou.
Questionado por Severo se ele cria que Deus pode
libertar um homossexual sem a ajuda da psicologia, Saulo Navarro foi enfático:
“Creio. Deus é soberano. A psicologia é uma ciência e Deus excede a toda
ciência. Vejo a psicologia como mais uma ferramenta que pode ser utilizada por
Deus para levar saúde emocional ao ser humano”, afirmou.
Como parte de seu testemunho pessoal, afirmou que
a psicologia foi uma das ferramentas que o ajudaram a abandonar a
homossexualidade: “Após 12 anos de prática homossexual percebi que as
instabilidades do meio gay estavam me levando a um estado emocional deplorável.
Recebi um convite de um amigo para ir numa reunião da igreja em que participava.
Aceitei Jesus como meu único Senhor e Salvador e passei a segui-lo aceitando
todo conteúdo bíblico como verdade para minha vida, inclusive as passagens que
tratam da homossexualidade como pecado e comportamento fora da vontade de Deus
para o ser humano. Ao chegar em casa, após aceitar Jesus em minha vida, percebi
que o desejo pelo mesmo sexo ainda estava lá, era real. Durante 4 anos caminhei
dentro da igreja sentindo atração pelo mesmo sexo. Ficou claro para mim que
deixar de sentir atração pelo mesmo sexo levaria tempo, não se mudaria de um
dia para o outro. Entendi que Deus estava proporcionando ferramentas para me
ajudar na caminhada. Pessoas foram usadas por Deus para me levar ao crescimento
e amadurecimento. Em um determinado momento precisei da ajuda de uma psicóloga
que tratou as consequências dos abusos que sofri durante minha vida, inclusive
o abuso sexual sofrido por uma namorada. Acredito que um psicólogo sério
(cristão ou não), que não tenha se dobrado às imposições do CFP, pode ajudar um
indivíduo a abandonar o comportamento homossexual. Esta pessoa que busca ajuda
para abandonar o comportamento homossexual precisa estar inserida numa relação
de ajuda. Sozinho é praticamente impossível vencer”, pontuou Navarro.
Sobre a influência de espíritos malignos na
adesão ao comportamento homossexual, Navarro afirmou que é importante que os
cristãos olhem para esse ponto da questão com atenção, e entendam que nem tudo
é possessão, pois a homossexualidade é uma questão complexa.
“O mundo em que vivemos jaz no maligno. Homens e
mulheres, homossexuais ou não, sofrem opressões demoníacas e alguns chegam a
ser possessos de demônios. Estive na prática da homossexualidade por 12 anos,
passei por momentos de libertação na igreja em que congregava e não tive manifestação
de demônios por conta deste envolvimento com a homossexualidade. Conheci
pessoas no meio homossexual que se envolveram com situações que permitiram
demônios entrarem em suas vidas. Um amigo foi possesso de demônios e houve
libertação durante um momento de expulsão dos mesmos. A expulsão destes
demônios não anulou a atração que ele sentia pelo mesmo sexo. Ele entendeu que
o comportamento homossexual foi aprendido e poderia ser desaprendido dentro de
um processo de ajuda”, explicou o palestrante.
Saulo Navarro manifestou o mesmo temor de outros
líderes cristãos brasileiros quanto ao projeto de lei 122, em tramitação na
Câmara dos Deputados: “A intenção de todas estas leis é não somente tratar da
legalização da imoralidade como também eliminar todo pensamento que trata do
pecado. A imoralidade está aprovada e amparada por lei, então, por que tratar a
homossexualidade como pecado? O pecado deixando de ser considerado pecado
elimina os feitos de Jesus e, logicamente, acontece uma verdadeira caça às bruxas,
uma caça aos cristãos que verdadeiramente dão nome ao pecado. Cala-se a boca
dos cristãos e elimina valores embasados no que Deus projetou para o ser
humano. O PLC 122 não só criminaliza a opinião cristã como gera novos valores
na sociedade, exemplo: o casamento entre um homem e uma mulher sempre teve um
valor, hoje uma dupla do mesmo sexo recebeu um valor através da PLC122, e
posteriormente um homem com três mulheres também terá um valor dentro da
sociedade”, observou.
O papel da igreja cristã frente a essas questões
é mais abrangente e importante do que a maioria dos líderes enxerga, segundo
Saulo Navarro: “Primeiramente a igreja precisa urgentemente entender o que
acontece no mundo. Entender como os grupos gays, feministas e de gênero estão
agindo na sociedade. As igrejas precisam de homens e mulheres sarados em sua
feminilidade e masculinidade para conseguir proporcionar apoio ao que sofre com
sua sexualidade. É preciso voltar ao discipulado, ao caminhar junto, dentro de
uma relação de ajuda. É preciso estar a par do que há por trás da pessoa que
chega pedindo ajuda. Se a igreja entender que a homossexualidade na vida de uma
pessoa não é o foco e sim o que sustenta esta pessoa na homossexualidade então
alguns passos já foram dados. A omissão da igreja foi grande e agora é apagar
incêndio. A igreja tem de sair da omissão e partir para a compaixão, para a
ação. É preciso compreender os infinitos fatores que podem levar um indivíduo à
prática da homossexualidade. O meio homossexual é instável, e haverá um tempo
em que esta pessoa poderá ir até uma igreja em busca de apoio. As igrejas podem
oferecer um local seguro e confiável, oferecer um ambiente caloroso que mostre
a diferença de uma vida de pecado com uma vida em Cristo”, disse, antes de
ressaltar: “A militância gay é cruel e sem escrúpulos. A igreja não deve ser
ingênua a ponto de desconsiderar este fato. A igreja deve ser firme em seu
posicionamento e estar sempre contrária a esta agenda gay e se preciso for se
defender juridicamente dos ataques da militância gay”.
O palestrante fez uma crítica direta e pontual à
igreja como um todo: “Os cristãos brasileiros devem estar atentos a todo
movimento contrário à verdadeira palavra de Deus. Para isto é preciso se voltar
à Palavra de Deus pura e limpa. A teologia gay ganha espaço na mente de uma
parte dos cristãos justamente pelo desconhecimento que estes tem da Palavra de
Deus. A manipulação da teologia gay é grande, tem convencido cristãos de que
Deus aceita toda forma de amor. O povo cristão brasileiro precisa parar de ver
novela. As novelas brasileiras vêm há décadas mostrando mentiras como verdades,
o povo cristão brasileiro tem dado atenção a essas porcarias que passam na TV.
Com isto temos uma geração que tem um olhar totalmente normal quanto à
homossexualidade e bissexualidade. Escrevo sobre este assunto por justamente
ouvir jovens que receberam esta lavagem cerebral durante toda uma infância e
adolescência. E infelizmente pais cristãos assistem a toda esta porcaria na TV
ao lado de seus filhos. Enquanto isto a teologia gay caminha em passos largos.
É hora de se levantar e se posicionar contra estas mentiras pregadas pela
teologia gay, que tenta a todo custo convencer cristãos de que o amor entre
duas pessoas do mesmo sexo são aceitas por Deus desde que estejam numa relação
estável. Uma mentira contada mil vezes se torna uma verdade”, alertou.
Saulo Navarro aconselha que as pessoas
encarregadas de interceder e liderar os fiéis devem buscar capacitação para
enfrentar o que o entrevistador, Julio Severo, classificou como “imperialismo
homossexual”, e não fugir do embate: “[A igreja deve] agir urgentemente, ir
para a prática e criar ferramentas que possam combater este imperialismo gay.
Tenho visto muita teoria e pouca prática dentro de nossas igrejas. As crianças
aqui no Brasil em breve serão preparadas para o ‘gênero neutro’, e os pais não
estão percebendo a manipulação destes movimentos. Se você é um intercessor
então parta para a ação. Interceda para que os líderes cristãos possam preparar
uma nova geração de homens e mulheres sarados em sua masculinidade e
feminilidade, para que possam ser instrumentos de bênçãos na vida de seus
filhos”.
Em resumo, Saulo orienta as igrejas: “Estejam
preparadas para defender sua crença. Agora veremos quem é o verdadeiro cristão.
A ditadura gay está com o terreno preparado e os líderes das igrejas terão que
ser firmes em seu posicionamento. Atualmente não tenho ouvido pregações que
falam do pecado, já existe um medo instalado. A igreja será o único local que
poderá se opor a ditadura gay. Igrejas, estejam atentas a tudo o que acontece
no mundo. Estejam a par das leis que favorecem a ditadura gay. Orar é bíblico,
e agir também é”.
Assista a uma das palestras de Saulo Navarro na
Igreja Batista do Prado:
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