terça-feira, 6 de maio de 2014

A Ética Cristã e o Homossexualismo.



Se há um assunto que gera muita discussão e polêmica no campo da Ética Cristã, esse assunto é sem dúvida o homossexualismo. A começar pela própria palavra – homossexualismo – que é tremendamente discutida, principalmente por aqueles que defendem a prática homossexual. É que o sufixo “ismo” teria conotação de doença, dando a entender que os homossexuais são doentes e que o homossexualismo é uma doença. De fato, a palavra só foi excluída da lista de distúrbios mentais da OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1990.

            1. O Que Dizem os Dicionários?

Dicionário Aurélio[1] define os dois termos da seguinte maneira:
a)    Homossexualismo: Prática do comportamento homossexual.
b)    Homossexualidade: Caráter de homossexual; homossexualismo, inversão.

Já o Dicionário Houaiss é mais claro na definição de “homossexualismo”: “prática amorosa ou sexual entre indivíduos do mesmo sexo”.

Enciclopédia Barsa define “homossexualismo” como “Atração sexual entre pessoas do mesmo sexo. Essa atração, em geral, mas nem sempre, leva ao contato físico, culminando em orgasmo. O homossexualismo feminino é comumente denominado lesbianismo, palavra derivada de Lesbos, nome de uma ilha do Egeu onde a poetisa Safo atuava como guia de um grupo de mulheres”[2]. Vale ressaltar que embora tendo sido considerado até mesmo como uma forma de sexualidade superior a heterossexualidade na Grécia antiga, nas sociedades posteriores, especialmente nas ocidentais, a prática homossexual, bem como os homossexuais, foram rejeitados e condenados. Na Idade Média, a pena para os homossexuais era a tortura e a morte. Na Suíça do período da Reforma Protestante, as pessoas que eram pegas em ato homossexual eram esquartejadas vivas e assim deixadas durante sete dias, para depois serem queimadas! Outras nações européias como Portugal, Itália e França aplicam medidas da mesma severidade[3]. Mesmo no século 18 houve casos de homossexuais levados á fogueira em Paris[4]. Nos Estados Unidos, já no século 20, em alguns estados, a lei prescrevia para os homossexuais penas que iam até a prisão perpétua. Mesmo hoje, em pleno século 21, embora haja uma aceitação social muito maior para o homossexualismo na sociedade, muitos são vítimas de atentados e agressão psicológica e física. Em 1897, na Alemanha, aconteceu o primeiro movimento social que buscava o reconhecimento dos direitos civis dos homossexuais. No início do século 19 começam as tentativas de explicar pelo viés da ciência a prática homossexual, mas não houve êxito. Freud desenvolveu uma teoria que explica o homossexualismo a partir de aspectos psíquicos. A maioria dos profissionais da Psicologia, Psiquiatria e Psicanálise vêem “o homossexual como alguém que não amadureceu de todo e por isso é incapaz de se relacionar plenamente com o sexo oposto”[5]. É preciso que se diga também que o conceito de “cura” aplicado aos homossexuais é muito discutido também pelos profissionais dessas áreas, tendendo-se a rejeitar essa idéia, pelo fato de homossexualismo não ser considerado uma doença. O termo “cura” acaba assumindo assim uma conotação de preconceito e discriminação.

            2. O Que Diz a Ética Cristã?

A Ética Cristã, como já dissemos anteriormente, está embasada na Palavra de Deus. A Bíblia, sem sombra de dúvida alguma, condena a prática homossexual. Se o termo “homossexualidade” procura indicar a prática homossexual como algo perfeitamente aceitável e normal, especialmente no campo da moral, então rejeitamos essa palavra e o cabedal intelectual que ela traz consigo. Cada vez mais a sociedade brasileira (e mundial, especialmente o Ocidente) vem recebendo o homossexualismo como algo aceitável, normal e até digno de ser incentivado. Cada vez mais programas de TV e rádio vem dando espaço para a idéia homossexual e a apresentando sistematicamente. Homossexuais recebem espaço na TV e falam de suas experiências sexuais com a maior naturalidade e programas antes exibidos depois das dez horas da noite, dado o seu conteúdo explicitamente pornográfico, agora chegam a ser exibidos no horário nobre! Já existem até mesmo segmentos ditos “evangélicos” que apóiam e incentivam a prática homossexual. Existem, inclusive, as chamadas “Igrejas Gays” com seus pastores e pastoras gays! Recentemente houve grande repercussão do lançamento de uma “Bíblia Gay”, por assim dizer. Trata-se de uma versão adulterada da Bíblia, que mutila textos que mencionam a prática homossexual, alterando grosseiramente o seu sentido. Isso, além de ser desonestidade, é deslealdade para com a Palavra de Deus. Um típico exemplo (nada novo) de grupos que para defender sua própria conduta imoral e seus próprios conceitos, adulteram o texto bíblico procurando condicioná-lo a seu bel-prazer.

            3. A Bíblia condena a prática homossexual?

Sem dúvida que sim. Na Bíblia existem sete passagens que são conclusivas sobre a questão da prática homossexual ser pecado; são eles:
1.    Gênesis 19.5-7
2.    Levítico 18.22
3.    Levítico 20.13
4.    Juízes 19.22,23
5.    Romanos 1.21-31
6.    1 Coríntios 6.9,10
7.    Judas 6 e 7

No texto de Romanos 1.26 e 27, assim como em 1 Coríntios 6.9 e 10, o apóstolo Paulo chega a distinguir as formas de relação homossexual, indicando que ambos os casos são contrários à vontade de Deus. No primeiro ele chega a citar o homossexualismo feminino e no segundo (um texto até curioso), o apóstolo chega a fazer a distinção entre o homossexual ativo e o passivo. Champlin pontua que a palavra “efeminado”, como um substantivo, “significa ‘suave’, ‘efeminado’, tendo sido largamente aplicado à homossexualidade por vários autores antigos, indicando homens que aceitam os afagos de outros homens, como se fossem mulheres” [6]. Já o termo “sodomitas” tem ligação com a homossexualidade em vista desse pecado ser prevalente em Sodoma, quando Ló ali habitava. Champlin[7] é categórico:

No grego, essa palavra, literalmente traduzida, indica ‘ato sexual de homem com homem’. A sodomia, portanto, é apenas um eufemismo, sendo largamente empregada pelos tradutores, a fim de suavizar o impacto da expressão. Não sabemos precisar se Paulo quis estabelecer contraste entre essa palavra e o vocábulo anterior, que também indica homossexualidade. Talvez a primeira dessas palavras indique os homens que fazem um papel feminino, ao passo que esta última indique os pederastas[8] positivos. Paulo condenou severamente a uns e a outros, em Romanos 1.26,27, onde essa prática, tanto de mulheres com mulheres como de homens com homens, é condenada.

            4. Qual Deve Ser a Postura da Igreja Face aos Homossexuais?

            Embora estejamos nós, a Igreja de Cristo, convencidos pela Bíblia Sagrada, de que Deus condena a prática homossexual, devemos ter as seguintes posturas:

a)    Aceitar e acolher o pecador, mas jamais a sua prática pecaminosa.Não é tarefa fácil fazer essa separação, mas cremos e temos visto na vida de muitos homossexuais o poder transformador do evangelho de Cristo. A Igreja deve sempre repudiar o pecado e tudo o que ele traz consigo, mas jamais deve estar fechada ao perdido. Foi para isso que Jesus veio: salvar o perdido (cf. Lc 5.31,32; 19.10).

b)    Jamais apoiar ou incentivar qualquer prática de violência contra homossexuais, seja violência física ou psicológica. Embora devamos sempre nos posicionar com segurança e firmeza nessa questão, deixando claro que a prática homossexual é pecaminosa e contrária a vontade de Deus (repito: pecaminosa e contrária a vontade Deus), não é conveniente que façamos uso de termos pejorativos, depreciativos, humilhantes e menos ainda que usemos de violência física. Precisamos separar as coisas!

c)    Possibilitar a essas pessoas a oportunidade de serem recebidas e acolhidas em nossos templos, sem seres tratadas como se fossem “seres de outro planeta”[9]. Ao tratar desse tema em sala de aula, costumo perguntar aos meus alunos se nós, em nossas igrejas evangélicas, estamos de fato preparados para receber pessoas assim. É fato que muitos homossexuais, especialmente agora, em que o assunto ganha espaço na mídia, entram em nossos templos com o objetivo de tripudiar e escarnecer. Mas é verdade também que muitos homossexuais respeitam o culto cristão e vão a ele com o objetivo de participar, genuinamente.

[1] Versão eletrônica.
[2] Enciclopédia Barsa, vol. 9, 1995: Encyclopedia Britannica do Brasil Publicações Ltda, p. 109.
[3] ALMEIDA, Abraão de. 201 Respostas para o seu enriquecimento espiritual e cultural. 1ª ed.: 2007, CPAD, p. 253.
[4] Enciclopédia Barsa, vol. 9, 1995: Encyclopedia Britannica do Brasil Publicações Ltda, p. 109.
[5] Op. Cit.
[6] CHAMPLIN, Russell N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. vol. 4, 10ª reimpressão: 1998, ed. Hagnos, p. 83.
[7] Op. Cit.
[8] Não podemos afirmar qual a intenção exata de Champlin ao usar a palavra “pederasta” em referência aos homossexuais, mas neste trabalho a admitimos (e o texto de Champlin aqui citado também parece indicar isso) com o sentido único de “Homossexualismo masculino”, como consta da versão eletrônica do Dicionário Aurélio.
[9] Essa foi apenas uma comparação com fins didáticos. Não creio que haja vida em outros planetas.
 Extraído do blog wwwblogfundamentosinabalaveis.blogspot.com.br/ em 05/12/2013

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