Muitos
crentes, quando questionados sobre as causas do homossexualismo, apontam
imediatamente para fatores espirituais, como possessão, segundo dizem. Isso é
um claro sinal de desconhecimento bíblico-teológico sobre a questão e, às
vezes, de preconceito (a Bíblia não faz diferenciação de pecado – 1 Co 6.9 –
10).
A
influência maligna existe como em qualquer outro pecado, pois Jesus disse que o
diabo é mentiroso e nunca se firmou na verdade (Jo 8.44). A homossexualidade é
uma mentira dentro dos propósitos maravilhosos de Deus para a sexualidade
humana. Jay Adams comenta a questão da seguinte forma:
“(o
diabo) não pode ser acusado do pecado da homossexualidade de maneira tal que
seja removida a responsabilidade daqueles que o cometem. O comportamento
homossexual é pecaminoso, e não o produto de uma irresistível influência
satânica ou possessão ou controle demoníaco. (…) Em nenhuma das passagens onde
o homossexualismo é condenado, jamais é especialmente vinculado à influência
satânica ou demoníaca.”
Quando
entendem que não é possessão maligna, alguns levantam a hipótese de o problema
ser orgânico. Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos ou genéticos
para a homossexualidade existem há quase um século. Mas, o fato é que, ao longo
dos anos, nenhuma pesquisa jamais provou que a homossexualidade resulta de
fatores biológicos. O psiquiatra John White traz uma informação esclarecedora
sobre a questão:
“Até
agora, a ciência buscou em vão uma causa física para a homossexualidade. Os
testículos dos homens homossexuais produzem os mesmos tipos de hormônio dos
homens normais. Os ovários e as outras glândulas responsáveis pelos hormônios
da mulher homossexual produzem a mesma proporção de hormônios sexuais da mulher
normal. (…) Evidências científicas parecem sugerir que embora nossos hormônios
sexuais sejam responsáveis (pelo menos em parte) pelo fato de termos um
comportamento sexual e experimentarmos impulsos sexuais, eles não determinam
necessariamente o tipo de comportamento sexual que adotamos nem o sexo do
parceiro que escolhemos.”
Se
não existem provas de que o homossexualismo seja de ordem biológica devemos
questionar, então, quais são os fatores que levam uma pessoa à
homossexualidade. Ankerberg e Weldon falam da ausência de fatores orgânicos e a
realidade de que homossexualismo é um comportamento aprendido. Eles citam as
conclusões a que chegaram o Dr. Joseph Nicolosi, Willian Masters e Virgínia
Johnson – três grandes pesquisadores americanos da área de sexualidade humana:
“O
Dr. Joseph Nicolosi salienta que já examinou todos os tipos de literatura
científica que têm relação com os supostos princípios biológicos da
homossexualidade: ‘Eu mesmo revisei toda a literatura… e certamente não
acredito, e acho que nenhum cientista realmente acredita, que haja
predeterminação para a orientação sexual.
Existem muito
mais evidências para os fatores ambientais que, desde cedo, determinariam a
orientação sexual de uma pessoa.
“Ninguém
menos que a grande autoridade no assunto, o próprio Alfred Kinsey, conforme
citado por W.B. Pomeroy, seu pesquisador adjunto, declara: ‘Eu mesmo cheguei à
conclusão de que a homossexualidade é, em grande escala, uma questão de
condicionamento.’
Talvez isso
explique porque os especialistas em sexo Masters e Johnson enfatizem: ‘É de
grande importância que todos os profissionais da área de saúde mental tenham em
mente que o homossexual masculino ou feminino é basicamente um homem ou uma
mulher por determinação genética, com orientação homossexual por preferência
aprendida’.”
Cientistas do
comportamento humano, conselheiros e terapeutas de ex-homossexuais têm quase a
mesma opinião sobre as causas do homossexualismo: a maioria dos homossexuais
teve problemas na área familiar.
Muitos
tornaram-se homossexuais pela falta de referência saudável dos pais, falta de
afetividade e toques físicos, ausência de exemplo paternal sadio, inversão de
papéis dos mesmos (mães dominadoras e superprotetoras e pais apagados ou
indiferentes), moralismo excessivo ou ausência de educação sexual, separação
dos pais e violência no lar.
O psicólogo
americano Gary Collins acredita que o fator de maior influência é, no entanto,
o que envolve pais e filhos. Ele afirma:
“Teorias
psicanalíticas afirmam que a homossexualidade afeta os homens criados em
famílias onde o pai é uma figura passiva e ineficaz, enquanto a mãe é
dominadora. A mãe ensina sutilmente o filho a ser passivo e dedicado a ela. Ele
não tem um exemplo masculino forte a seguir e logo descobre que é menos
competente que os companheiros para relacionar-se com as meninas.
O filho perde então a confiança em sua
masculinidade e teme a idéia de intimidade com mulheres. As filhas em tais
famílias sentem que os pais são pouco amigáveis ou as rejeitam e elas têm então
pouca oportunidade para relacionar-se com homens realmente masculinos,
associando-se melhor com as mulheres. Esta explicação é a causa mais comumente
aceita e melhor documentada para a homossexualidade.”
Além de lares disfuncionais, algumas experiências
na infância e adolescência levaram pessoas às práticas homossexuais:
experiências sexuais – satisfatórias ou não – com pessoas do mesmo sexo
(colegas, primos, parentes); medo; insegurança; a própria escolha de praticar o
homossexualismo e abuso sexual na época da formação da identidade sexual.
Segundo informações de líderes de ministérios com ex-gays nos EUA, 85% das
mulheres lésbicas que buscam ajuda, sofreram algum tipo de abuso e entre 50 e
60% de homens homossexuais sofreram abuso sexual.
É importante ressaltar que muitos envolveram-se no
homossexualismo, também, devido a rótulos que receberam: “Você é gay!”, “Sua
bicha louca!”, “Mulher-macho, sapatão!”, “Você é bicha mesmo e não tem jeito!”
etc. Ouvir tudo isso é forte e doloroso demais para crianças e adolescentes.
Com certeza esses rótulos marcam suas mentes e emoções. E, como a maioria não
tem um lar amigável (onde os pais mantém constante diálogo com os filhos e os
orientem com amor), acaba acreditando nas mentiras que lhes são ditas e
assimilam psicológica e emocionalmente os tais rótulos.
Autor: João Flávio Martinez
Nenhum comentário:
Postar um comentário